segunda-feira, dezembro 21, 2009

De volta.

É, pessoal, estive excluido do convívio digital nos últimos dias. Mas cá estou.
Estive em Recife, e, ao chegar em casa, grata surpresa: o DVD que eu havia encomendado dias antes chegara.
O DVD em questão é o Killers: Live from the Royal Albert Hall.
Eu sou meio que movido a música, e eu acho incrível como eu ainda não havia postado nada sobre isso aqui. Logo, meu próximo post será um review do DVD. Wait for it...

sábado, dezembro 12, 2009

Paredes falantes.

Se as paredes falassem...
Tantas histórias.
Tantas frustrações já viveram
Quantas vitórias já comemoraram...

Mas se MINHAS paredes falassem, as pessoas pagariam milhares para ver minhas incríveis paredes falantes.
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Tá, as vezes eu quero postar bobagens como qualquer pessoa normal, né?

sexta-feira, dezembro 11, 2009

A amizade selada no parquinho não morre.

"A amizade selada no parquinho não morre!", repeti. Todos estavam imersos em suas próprias recordações, e ninguém nem notou o que estava dizendo. Mas mesmo assim, eu disse. Meio como um desabafo, meio como um alívio... Não sabia se veria aqueles rostos de novo, mas não encarei como um adeus. Encarei mais como uma nova etapa. Mas a amizade selada no parquinho não morre. No nosso caso, a amizade selada na escola.

sexta-feira, dezembro 04, 2009

Ode ao tédio.

A TV ligada não engana.
Pessoas amarelas?
Uma mulher que se veste estranho?
Um jogo de futebol que não me interessa?

Que tédio do caralho...
Entre um bocejo e outro
um piscar de olhos um pouco mais lento.
Um ventilador ou um ar-condicionado.
Mas que porra...

Dá vontade de correr e gritar...
Ai, que duas semanas demoradas...

terça-feira, dezembro 01, 2009

Ignorância

Conversa de elevador
Dois homens mal-encarados
Certamente dois homens tristes
E lá no fundo uma conversa se desenrola por baixo dos panos
Uma conversa seria exagero de nomenclatura
Era mais melancolia colocada pra fora.
Mas lá ia o homem em seu triste lamento:
"Nem pra mim o mundo olha mais...
Não transformei isso em verdade
Estão me enganando
A ignorância agora seria minha melhor amiga
Por favor, me dê a novocaína..."
O outro quase não o dava atenção
Estava preocupado com sua vida
Com sua vida vazia.
Então o elevador caiu e ambos morreram.
Mentirinha.
Mas poderia ser verdade, e o primeiro morreria sem ser ouvido.

sábado, novembro 28, 2009

Brick by boring brick.

Edificar a torre.
Tijolo por tijolo.
Que coisa chata.

No mundo dela isso não existe.
Tudo já vem pronto, como os Sitcoms americanos que seu pai assistia.
Comida congelada era só uma foto do seu panorama.
Ela vive num mundo mágico.
Mas não nota como isso é trágico.


/título em homenagem ao Jam, que me mostrou a música homônima.

Romeu e Julieta na Geórgia.

Então, a guerra nos uniu.
O ódio nos trouxe aonde estamos.
E tudo o que se perde em nossa volta...
Só dá contornos dramáticos à nossa saga.

Se sem isso estariamos aqui, quem sabe?
O destino e uma estrada de terra batida.
Os sons de explosões, o cheiro de carne queimada!
Minhas memórias nunca serão mudadas para algo que não me faz.
Eu sempre levarei nossa epopéia em busca do lugar perfeito.

Mas o lugar perfeito não pode ser onde estamos.
Se a humanidade não nos permite ficarmos juntos,
Ficaremos fora dela.
Ficaremos num canto alcançado com o brilho branco do metal.
Num último beijo envenenado!

quinta-feira, novembro 26, 2009

Como salvar uma vida.

"How To Save A Life"

Step one you say we need to talk
He walks you say sit down it's just a talk
He smiles politely back at you
You stare politely right on through
Some sort of window to your right
As she goes left and you stay right
Between the lines of fear and blame
And you begin to wonder why you came

Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life

Let him know that you know best
Cause after all you do know best
Try to slip past his defense
Without granting innocence
Lay down a list of what is wrong
The things you've told him all along
And pray to God he hears you
And pray to God he hears you

Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life

As he begins to raise his voice
You lower yours and grant him one last choice
Drive until you lose the road
Or break with the ones you've followed
He will do one of two things
He will admit to everything
Or he'll say he's just not the same
And you'll begin to wonder why you came

Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life

Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life

How to save a life

Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life

Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life


Isaac Slade, The Fray

quinta-feira, outubro 22, 2009

Espelhado.

Odeio pessoas que se parecem comigo.
Espelhos, vazios e sem reflexo.
Imagens reais de algo que eu me tornei.
E eu deixei isso tomar conta.

E siga em frente com a vida,
Mesmo que pensando que quando você cai, alguém peca.
Não é bem por ai.
Mas eu não sou um homem que aconselha.
O destino é gentil, mas eu prefiro repousar na minha mente.

O que eu era odeia o que eu sou.
Mas o que eu sou ama o que eu me tornei.
E o que eu me tornei não quer voltar a ser o que eu era.
Eu odeio pessoas que me lembram o que eu fui.

domingo, outubro 18, 2009

Freudiano.

Escandalizaremos Eus-Líricos,
Fingindo que não somos nós.
Mataremos Eus-Líricos,
Para calar nossa voz.
Afinal, Freud explica.
Afinal, a gente complica.
Afinal, a gente mata e morre.
Afinal, a gente se mata e morre.
E jogaremos a culpa no nosso Eu-Lírico
Para esconder a fala de dentro.
Por que infernos não deveríamos?
Só porque Freud explica?

sexta-feira, outubro 09, 2009

A borboleta.

Foi o céu que sumiu? Minha cabeça não raciocina mais.
Foi o sol que apagou? Quem foi que o roubou?
Ou será que apenas começou a chover?

Nessa hora a água já não cai mais,
Mas o estrago está feito, o chão está molhado.
As plantas se afogam, falta ar.
Privação de sentidos. É isso que acontece.
Nesse estado de transe que nos vemos...
Me sinto uma borboleta. Atraído pela luz.
Sei que é mortal, mas sigo em frente.
Não sei bem o motivo, mas sei que sigo.
E essa luz... Ah, a luz...
Amarela ou branca?
Desce nos olhos, entra no cérebro.
E já não sou mais uma borboleta.
E nenhuma luz me atrai.
Agora, EU sou a luz.

sábado, outubro 03, 2009

Eu te ofereci sobrevida.

Vai ser difícil segurar.
Quando brilhar como ouro,
Você vai lembrar-se de mim.
Vai perguntar como teria sido.
Eu vou estar sentado por ali, sorrindo.
E isso é o pior que eu posso fazer.
Era melhor minha ignorância, era melhor minha indiferença.
Mas não.
Dei-te minha gentileza.
Compareci. Estava ali.
Por isso estou aqui agora. Não consigo olhar nos teus olhos.
E mesmo assim, não pára de falar.
Pare!
Foi a escolha feita. Siga em frente.
Sorriso na cara, volte.

terça-feira, setembro 29, 2009

Dead Girl's Night.


É a noite da Garota Morta.
Todos cantam, todos dançam.
Todos se divertem.
Bem, quase todos.
Uma garota sentada no canto não pode,
Pois está morta.
Ela não tem pulso, seu coração não bate.
Seus olhos não brilham, seu hálito não é quente.
Seus hábitos são estranhos, ela não pede licença ao entrar.
Suas roupas são rasgadas, seu cabelo bagunçado.
A expressão de seu rosto é vazia.
Ela quer se divertir, mas ninguém quer se divertir com ela.
Eles não gostam da garota morta.
Eles não gostam da garota que eles mesmos mataram.




Bullyng é coisa de quem foi bolinado na infância a força. ;D

terça-feira, setembro 22, 2009

MiXtura

Andy, you're a star.
Todos precisamos de algo para pensar.
Sem sucesso, sem desistir.
Às duras penas, um dia a redenção virá.
E um dia, teremos algo a mais no que pensar.
Sem sentido.
Perseguido.
Acuado, como um animal pronto para o abate.
E está tudo desenhado na cabeça, junto com a lembrança de você.
Está tudo pronto, só resta escrever.
Afinal, todos precisam de uma musa inspiradora.
'Cuz we are just humans, not dancer. ;D

quarta-feira, setembro 16, 2009

Revoluções por milissegundos.

Revolucione. O mundo muda, então mude. Não coisifique, realize que as realizações precisam de suas ações pra se tornarem intenções e então discussões, que gerarão objeções.
Vamos para a revolução, e vamos pegar em armas. Vamos na praça lutar pelo que queremos, e vamos protestar para algo mudar. Não vamos nos acomodar nem tentar ver o mundo sob um espectro diferente, que faça a gente aceitar que isso nunca vai ficar do jeito que deveria estar.
Eu quero mudar o mundo, quero ser alguém melhor e não quero que exista gente na pior. Quero algo para me apoiar no caso da mudança falhar, mas não vou deixar isso me segurar. Não vou deixar isso me atrasar, eu vou me recusar.
Vamos combater a ditadura, a ditadura da ignorância, a ditadura dos ignorantes. Vamos instalar a sofocracia, e vamos escolher um lider como diz a filosofia. A democracia é burra, segue a maioria. A maioria não sabe o que faz, seguir a maioria satisfaz. Satisfaz o sujeito, mas não satisfaz a essência. A essência não sofre influência.
E no mundo que vai nascer, seremos todos uma coisa só. Independente do credo, da cor ou do sol que brilha pra nós. Seremos uma multidão de satisfeitos, pelo menos até uma nova revolução. Seremos uma massa animada. Seremos o que chamam de 'povão'.

segunda-feira, setembro 07, 2009

Dadaísmo? Ou seria algo novo?

O vazio interior
E a cama arrumada
O estampido seco
A menina desalmada
O bilhete que não será lido
O segredo na soleira
O beijo sob a chuva
A doença derradeira
As olheiras que se aprofundam
O interior que te contagia.
A beleza que te cerca,
E a menina que não se chama Maria.

domingo, agosto 30, 2009

Living la vida loca.

Por que eu devo ser um de vocês?
Não quero fazer parte disso!
E caso vocês me conhecessem bem
não iriam me querer por perto.
Afinal, questiono e discordo,
respondo e intrigo.
E meu drama me faz individual.

Então, por que acreditar em suas ‘verdades’?
Devo negar minhas mentiras?
Será que sua verdade é mais verdadeira que minhas mentiras?

Afinal, homens andam sobre a água?

Afinal, homens sobem aos céus?

Afinal, existe um céu?
Ou nosso medo de morrer nos impede de viver?
Então, pelo jeito, está me dizendo mentiras.

Fica com tua fé, fico com minhas mentiras.
Não sinta pena de mim, estou vivendo minha vida.



/porque uma palavra vale mais que mil imagens, se for bem dita. ;D

quarta-feira, agosto 26, 2009

Masterpiece.

Vamos escrever uma obra-prima?
Teremos um louco e um paranóico.
Talvez um padre, alguém que indique o caminho.
Um mistério cujo culpado será sempre quem menos se suspeitava.
Ou talvez um mistério sem resposta.
Não podemos esquecer do assassinato.
Não podemos esquecer de metaforizar.
Talvez devêssemos nos deixar levar.
A história seria fascinante. Embriagante.
O louco seria protagonista.
Daria vazão à sua agonia.
Agonia quase suicida.
O paranóico... bem, ele e o louco seriam a mesma pessoa.
E num ponto do livro, veriam que desperdiçaram o que tinham.
Parece divertido, até você não ter mais o que ganhou.
Auto biografia?

segunda-feira, agosto 24, 2009

Eu queria acreditar em Segundas Chances

Eu queria poder acreditar em anjos.
Queria esperar por algo a mais.
Queria não acordar e imaginar que falta um dia menos.
Queria não acordar.
Ou talvez eu queira, e goste de me sentir assim.
Talvez as coisas não sejam feitas pra fazer sentido.
Talvez nunca devêssemos ser mais que amigos.

segunda-feira, agosto 17, 2009

Joy Ride. ;D

Livre-se da vaidade. Amélia não tinha nenhuma e era feliz. Tome um banho de chuva, e aproveite os pequenos momentos. Os momentos marcantes serão lembrados, você queria ou não, então dedique tempo aos pequenos. Quando tudo acabar, eles serão os importantes. Veja a beleza de cada manhã, e agradeça por estar vivo. Siga a caravana da felicidade, e, independente de onde ela o levar, estará no lugar onde deveria estar. Hoje é o dia. Amanhã também é o dia. Mas o dia de hoje é o que conta.
Não lamente mais pelo que aconteceu. Não lamente mais pelo que poderia ter acontecido. O tempo perdido foi o que se perdeu. Nunca foi prometido que tudo daria certo. E nós nunca quisemos uma vida fácil. Vamos, não se faça de desentendido. O que é fácil causa tédio.
Todos são livres para ir atrás de algo mais. Mas nem todos sabem que são. Por fim, joy ride. ;D

domingo, agosto 09, 2009

E você achava que perder um braço era ruim...

Felizes com isso ou não, o mundo é insano. Talvez mais até que insano. O mundo é uma piada. Qual é? Será que em algum lugar, alguém, quem quer que seja, fica brincando de mudar a vida das pessoas? Apenas por diversão? Isso tudo é uma piada. Mas eu não estou rindo, estou?
Bem, se isso é uma piada, definitivamente é uma bem ruim. E agora acabou. Assim, de rompante. Assim, de repente. E ninguém sabe explicar porque estamos aqui. Então, eu estou perdendo tempo aqui? E pra que o tempo, se essa piada será contada milhões, bilhões talvez, de vezes, e cada um dará sua versão? Mas o que parece é que cada segundo que eu gasto é mais que eu posso suportar.
É, parece que as coisas desse lado não são mais o que eram, nem o que deveriam ser. Você nem me reconheceria se me visse. Talvez reconhecesse. Lembraria do meu rosto. Talvez não. Lembraria da minha essência. Mas a minha essência mudou. Menos que o mundo, mas mudou.
Eu não beijo, eu não abraço e eu não sorrio do jeito que fazia antes, por alguma razão. Talvez, esteja perdendo meu toque. Mas ainda assim, sorrio. Mesmo que não verdadeiramente, mas sorrio como se realmente quisesse.
No fim das contas, se quer me seguir, esqueça o que e digo. Amanhã, já posso ser outra pessoa.

quarta-feira, julho 22, 2009

Não morra.

Um dos meus versinhos, que eu tava pensando com meus botões aqui e acabou saindo.
É curto, mas eu não tô com cabeça pra escrever agora.
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Acorde
Eu estou te esperando
Acorde
E me diga que está tudo bem
Acorde
Porque se me disserem que você não pode...
Acorde
Enquanto eu ainda consigo pedir isso.
Acorde
E mostre que é forte!
Acorde
E faça o que sempre quis fazer.
Acorde!
Eu estou aqui pra você.

domingo, julho 19, 2009

Olá.

Olá, pessoal.
Não, hoje não vim aqui postar poesia, vim só conversar.
Passou mais uma semana, e pela primeira vez em muito tempo, nada me fez querer desabafar escrevendo. Será que estou perdendo o toque? Enfim, eu acho que simplesmente não aconteceu nada frustrante.
Sexta-feira eu esperava encerrar uma agoniante espera de 3 dias por uma resposta. Infelizmente não aconteceu, por motivos alheios. Mas a minha segunda-feira só acabará quando eu receber essa resposta. Então eu virei aqui dizer pra vocês.
Enfim, esse post foi realmente curto, mas só vim aqui pra dizer que eu estou vivo e feliz. Abraço a todos. o/
PS.: Vamos pro treino, "jogadores" sem compromisso!

domingo, julho 05, 2009

Moldura.


Os retratos já não eram mais os mesmos
Não via mais seu antigo olhar.
“Olhos de cigana, oblíqua, dissimulada”, diria o autor que nada acrescentou em sua vida.
Sabia que seu olhar ainda era seu.
E as moldura, agora vazias, já a reservaram algo maior
Já havia reservado um futuro brilhante, uma vida incrível.
Mas o retrato da sua vida se apaga como a estrela que pretendia ser.
Interrompida pelo som metálico do desespero.

terça-feira, junho 30, 2009

Cicatriz

Agora é tarde demais.
Não dá pra voltar atrás.
Já tenho marcas do seu exagero.
Já tenho feridas do seu exaspero.
E as cicatrizes que ficaram sobre a pele terão sempre uma história pra contar.
E as cicatrizes que ficaram sob a pele terão sempre algo pra lembrar.
E as cicatrizes que não ficaram na pele nunca conseguirão falar.
Mas agora não dá pra voltar.
Não dá pra esquecer o passado e esperar que se desfaça no ar.
E o futuro sempre vai ficar manchado.
Será sempre a moldura do nosso retrato.
Mas não será uma moldura qualquer.
Será uma moldura feita pelo homem na mulher.

sexta-feira, junho 26, 2009

Morre um mito, mas seu legado permanecerá!


"Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casseta & Planeta deram seus depoimentos. Parecia que a qualquer instante iria estourar uma piada. Estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestruturação da cena. Mas nada acontecia ali de risível, era só dor e perplexidade, que é mesmo o que a morte causa em todos os que ficam. A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro: a morte, por si só, é uma piada pronta. Morrer é ridículo.

Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro e no meio da tarde morre. Como assim? E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente?

Não sei de onde tiraram esta idéia: morrer. A troco? Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando
fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu. Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente. De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway, numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis. Qual é?

Morrer é um chiste. Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida. Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas. Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira. Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu.

Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer. Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã. Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito. Isso é para ser levado a sério?

Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas. Ok, hora de descansar em paz. Mas antes de viver tudo, antes de viver até a rapa? Não se faz.

Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça."

Pedro Bial



Esse texto, de autoria de Pedro Bial, tem uma visão muito interessante sobre a morte.
E num momento como esse, de dor por parte dos fãs do provavelmente maior entretainer que o mundo já viu e verá, temos que parar pra refletir.
O legado deixado pelo lendário, muitas vezes controverso Michael Jackson certamente ultrapassará a barreira do tempo, ultrapassará até a barreira da vida.
Morreu Michael Jackson homem, nasceu a lenda.

quinta-feira, junho 25, 2009

O Mundo É Bipolar.


O mundo é bipolar.
Tristeza e felicidade se alternam e se completam.
Mas é apenas mais um canal na sua televisão.
Mais um telejornal sem importância.
E assim caminha a humanidade.
Vista de fora por poetas marginais.
É um teatro que chegou ao clímax sem que ninguém se perguntasse o que acontecerá depois.
Tudo caberia numa página da sua revista favorita, nas bancas de jornal mais próximas.
Mas passamos a página, e passamos o mundo.
Sem nos dar conta da infinidade de olhares atravessando nossos corações.
Gelidamente, chegando a penetrar até na mais profunda sílaba da nossa alma.
Mas é apenas mais um canal na sua televisão,
Seguindo na bipolaridade,
Alternando conquista e frustração.

quinta-feira, junho 18, 2009

Hum...

Eu não estava com vontade de publicar essa produção, mas alguns fatores, entre eles o ego, fizeram com que ela visse a luz do dia. Realmente eu achei o tema meio pesado, e o linguajar meio... nevermind.
Bem, então é isso:


Pois então tu ages como santa.
Iludes tua mãe e orgulhas teu pai.
Eles não se perguntam aonde tu vais quando cai a noite.
Pois bem, nem deveriam.
Afinal, és a menininha de teu pai.
Afinal, és o bibelô da casa.
Mas naqueles lugares onde deixastes tua inocência repousa algo que se alimenta dela.
E o que restou dela tu não irás conseguir retomar.
E ficarás nesse estado de dançar por redenção.
Dançando nesses lugares sujos.
Rezando por amor e pagando por prazer.
E é num ambiente assim que teus pais nunca jurariam te encontrar.
Não a menininha deles.
E o desconhecido se aproveita de teus serviços.
Num quarto pequeno e escuro tu finges enquanto ela sua.
E tua vida não passa de um baile de máscaras.
Mas a dança é interminável, e a música pode ser tocada apenas com uma nota.
Pedes perdão por teus pecados, pois sabes que tua vida está descendo uma ladeira inacabável.
E o que preenche teu interior não vai preencher o vazio da tua alma.

sexta-feira, junho 12, 2009

Não apague a luz...


Deixe a luz acesa quando sair.
Se você vai embora, não quero ficar sozinho no escuro.
Mas não é do escuro que eu tenho medo.
Eu tenho medo de ficar sozinho.
E um pouco do escuro.
Portanto, deixe a luz acesa quando sair.
Deixe acesa o que pode ser seu último vestígio por aqui.
Mas isso não quer dizer que eu quero que você saia.
Só que eu não quero ficar no escuro.
Nem quero ficar sozinho.
Não quero ficar sozinho no escuro.
E lembre de não trancar a porta, porque assim é mais fácil voltar.

quinta-feira, junho 11, 2009

Ode ao clichê.

Vamos desistir quando ficar difícil, pois é isso que as pessoas fazem.
Vamos à praia em finais de semana ensolarados, disputar lugar com os outros banhistas.
Vamos agir igual a ovelhas em um rebanho. É isso que considera-se normal.
Vamos assistir a um bom suspense, e a culpa será do mordomo.
Vamos ser revolucionários, e nem saberemos que posição assumiremos.
Vamos entrar em confronto com nossos ideais, só para que todos nos aceitem.
Vamos esperar sempre pelo Papai Noel na noite de Natal. Mas ele não virá.
Vamos fugir do assassino como num filme B de terror, mas ele sempre nos achará.
Vamos mandar flores, já que o cavalheirismo nao morreu.

sábado, maio 30, 2009

Me faz pequeno


Posso estar crescido
Mas me sinto como um menino
Uma criança cujos olhos brilham
Brilham de felicidade quando sorri
Brilham de esperança quando diz
Que acredita nas coisas boa.
E por mais crescido que seja
Não deixo de me sentir um menino diante do mundo,
Diante de tanta coisa que não entendo,
Diante de tudo que me deixa mudo.
E por mais que eu tente entender
O que me deixa assim com você
Acho que é meu lado criança querendo aparecer
Meu lado esperançoso, assim como você.

terça-feira, maio 19, 2009

Expresso Paraíso.


-Oi.
-Oi.
-O que você faz aqui?
-Ah... sei lá, eu vi passando e resolvi subir...
-Desça do trem, ele não vai aonde você deve ir hoje.
-Mas a sensação é boa, aqui não existe dor nem sofrimento, culpa nem rejeição.
-Aqui não é seu lugar. O destino desse trem não é aonde você deve ir agora.
-Mas... se eu descer, eu...
-Do que você tem medo?
-Se eu descer... eu nunca mais vou te ver?
-Provavelmente não...
-Então, por que você quer que eu desça?
-Porque é a coisa certa a fazer. O caminho desse trem não deve ser tomado por você. Não agora. Não dessa forma.
-Mas eu não quero ir embora... eu não quero que você vá embora, quero ficar com você.
-Não dá pra você ficar comigo. Saia enquanto é tempo.
-Mas a sensação de estar aqui é boa... é quente e confortável...
-É, isso é chamado Paraíso.
-Então é pra lá que estamos indo?
-Não.
-Mas...
-Eu estou indo pra lá, você fica no caminho.
-Mas... e se eu quiser ir?
-Não cabe a você decidir. Abandone seu medo, me deixe ir.
-Mas eu não quero... eu te amo...
-Eu também te amo, mas eu tenho que ir, e não posso te levar.
-Então me dá tua mão... me promete que vai lembrar de mim, que um dia vai ficar comigo de novo...
-Não posso.

sábado, maio 09, 2009

O rotina do cotidiano imprevisível.

Independente da hora que acordo, é sempre a mesma hora. 5h. Cravado. Mas já passou das 9h e ainda estou aqui. Independente de como tenha dormido a noite, estou com sono, e reclamo que dormi mal. Independente de como minha vida esteja, sempre acho uma droga, e faço-me de vítima mesmo sem querer.Independente do meu dia, sempre foi igual ao passado. Tão igual como água e vinho...
Sempre espero um dia feliz, e quando ele vem, penso que foi uma droga para continuar esperando. Idealizo coisas que não precisam ser idealizações só para ter algo em que pensar. Mantenho-me nesse tipo de vida por medo de mudar. Não caio, pois não sei se tenho quem possa me segurar.
Nunca quis me jogar, mesmo sabendo voar. Nunca quis realizar, pois gosto de imaginar. Nunca quis te ter, pois nunca quis te deixar.Nunca quis gostar, apenas por medo de me decepcionar.

quinta-feira, maio 07, 2009

Lembrou-se...

Abriu os olhos e sentiu o Sol ofuscando-os. Fechou. Abriu de novo, desta vez um pouco menos dolorosamente. Sentiu o cheiro de solidão, e olhou em volta. Estava sozinho. Estava esquecido. Estava num deserto!
Caminhava com dificuldade pela areia escaldante, e sentia a irá das pessoas que acreditavam nele queimando sua pele. Ou talvez fosse o calor, já não mais distinguia o que estava sentindo. Apenas dor e solidão. Sentia-se fraco e impotente, e parecia que nunca terminaria a dor que estava sentindo. O deserto parecia cada vez mais quente, e, por mais que se esforçasse, cada vez mais difícil que conseguisse escapar com vida.
Respirou fundo, e pensou que havia chegado a hora de deixar seus sentimentos de lado. Viraria um robô, mecânico e sem emoção? Sim, viraria um robô, sem sofrimento nem expressão.
Então ouviu o doce canto da garota que sempre amou, e lembrou-se que sofrimento não era o único caminho, e que fazer-se de vítima não era a saída dos fortes.
Abriu o olhos novamente e viu-se num lugar bom, e soube que sempre havia outro caminho que fosse mais agradável.

sexta-feira, maio 01, 2009

Um pouco dos meus dilemas...

É, finalmente com uma poesia que realmente tenha uma história nas entrelinhas...
Provavelmente necessitará explicação pra ser realmente compreendida, mas... who cares?


Podemos chegar mais perto?
(Podemos compartilhar medos e desesperos?
Podemos ser a coisa mais valiosa na vida um do outro?
Podemos ser A vida um do outro?)

Posso segurar tua mão?
(Posso tremer, culpar a aflição?
Posso esperar, até ansear, pela sua compreensão?
Posso negar sua compaixão?)

O que virá depois?
(O que me dirá quando me descobrir?
O que me dirá, quando não me ver sorrir?
O que me dirá quando começar a sentir?)

Devo me despedir com um beijo?
(Devo te contar meu desejo?
Devo te dizer meus planos pro futuro?
Devo te deixar fazer parte dele?
Devo te pedir para fazer parte dele?)


Postem suas impressões. ;D

sábado, abril 25, 2009

Amor?


Ela só quer que você a ame.
Não simplesmente ame, mas ame por completo.
Faça-a sentir-se segura.
Faça o seu calor significar conforto.
Esteja sempre lá.
E ela estará sempre por ti.
Independente de onde.
Não depende como.
Apenas estará.
E terá certeza que você também estará.

Faça uma surpresa.
Mande flores, um presente.
Algo bobo, mas que diga
"Lembrei de você, e meu dia ficou feliz."
E ela também ficará feliz.
Deixe um bilhete.
Ou simplesmente mande um beijo.
Mostre seu desejo.

Não tenha medo de dizer
"Eu te amo"
E tenha certeza que continuará amando
Mesmo quando ela mudar.
Quando ela se transforma.
Ela não será a mesma pra sempre, sabia?
Mas mesmo assim, continue dizendo
"Eu te amo".
Mas diga de verdade.
Diga fazendo significar algo.

"Eu te amo,
Provavelmente mais que amo a mim mesmo,
Mais que amo a tudo,
EU te amo".

sábado, abril 18, 2009

O começo do sempre.

O começo do Sempre.
Durante uma conversa, essa semana, me deparei com algo que eu realmente não encontrei uma explicação lógica: Onde começou o que chamamos de todo o tempo do mundo? Aquilo conhecido como sempre?
Afinal, tudo tem que ter começado de algum lugar, alguma hora, certo? Certo...?
Será que esse universo em que vivemos é apenas um ciclo, e o “Sempre” é o começo desse ciclo? Sendo assim, o tempo esteve ai desde o começo do primeiro “Sempre”. Ou seja, o tempo, literalmente, esteve ai por todo o sempre. Ou por todos os “Sempres”.
Será que só o tempo poderá dizer como tudo começou? O tempo seria a resposta? Devido a sua importância recém- adquirida, acho que “Tempo” é mais apropriado que tempo apenas, não?
Bem, se tudo teve que começar de algum ponto, o “Tempo” começou junto com o primeiro “Sempre”? Ou o primeiro “Sempre”, após ter surgido, criou o “Tempo” para que as coisas pudessem ser reguladas por uma ordem lógica de periodicidade? Bem, se foi assim, o “Tempo” voltaria a ser tempo, pois não teria todas as respostas. Que feio, Sr. tempo...
Mas o “Sempre” que conhecemos... de onde veio? A minha crença, sobre uma força que reuniu tudo o que havia disponível ao seu redor e criou o que conhecemos, não é fácil de explicar. Mas o momento em que essa “Força” conseguiu estabelecer o equilíbrio entre o que existia e o que tentava existir seria o começo do nosso ciclo, que conhecemos apenas como sempre. E que se chama “Sempre”.




PS.: Tema inspirado durante uma conversa com o Alan.

segunda-feira, abril 13, 2009

Sociedade consumista.


Consumismo.
O que há de errado com o mundo? Nada faz sentido.
É, pode ser apenas culpa do capitalismo. Um pecado, o consumismo.
Mas o mundo tem coisas piores, alguém irá dizer, e terei que concordar.
O mundo não me deixa negar. O mundo não me deixa falar. O mundo não me deixa respirar.
Com guerras, fome e problemas sociais, como podemos reclamar do consumismo?
Fácil. Ele é o que mais nos afeta, e o que menos nos preocupa.
Aonde o mundo vai, se nem de lado podemos olhar sem ver algo para comprar?
Inundados de ofertas, capacidades de compras e "qualidade" superior.
Será que tudo é necessário?
Será que tudo não faz parte do nosso fetiche imaginário?
Todos estão loucos? Ou será que sou eu?
Não consigo entender a sociedade que hoje existe, e discordo do que impera.
Será que a falha é minha ou da conjuntura?
Quando encontro alguns como eu, somos taxados de revolucionários.
Alguns me chamam de rebelde sem causa, mas minha causa é meu motivo.
Meu motivo não precisa ser dito, pois sei que estou fazendo o que acho certo.
E o certo é discordar da sociedade consumista em que vivemos.

quinta-feira, abril 09, 2009

Falante de Esperanto.

As vezes me sinto como um falante de Esperanto.
Me esforcei para saber como entender e ser entendido por todos, mas foi tudo em vão. Ninguém compartilhou meu esforço, e quando falo, me acham louco.
Me esforço para passar minha mensagem, incompreendida mensagem, e só vejo desentendimentos de toda parte. E o mesmo acontece ao inverso. Mas eu vou me esforçar, achar um jeito de mudar, e encontrar um caminho. Um caminho para que? Sei lá. Aonde esse caminho dará? Tanto faz o lugar. Mas assim não pode continuar, se meus pensamentos não puderem se mostrar.

terça-feira, março 31, 2009

Só para os seus olhos.

Me dá teu sorriso
Me dá teu abraço
Me dá teu carinho
Me dá teu amor

Meu dia contigo é mais feliz
Com teu sorriso, consigo seguir
Com tuas mãos, consigo me agarrar
Com teus sonhos, consigo sonhar

Sem ti, o que posso fazer?
Sem ti, nem sei se posso viver
Tu es meu ar, meu céu e meu lar
Tu es minha capacidade de amar.




Só para ti...

domingo, março 29, 2009

E se o que você acredita não existe?

E se o que você acredita não existe?
Como se sentiria se esse dia chegasse, o dia em que você descobrisse?
Seu mundo ainda seria o mesmo?
Passaria a ponderar mais suas decisões?
O que aconteceria com seus medos e aflições?
Pensaria mais no que deixou para trás?
Ou agiria loucamente mais e mais?
Seria isso um motivo simplesmente para esquecer?
Ou poderia ser motivo necessário para deixar de viver?
Mesmo que a desilusão fosse imensa?
Ir em frente ainda compensa?
Seria o certo dar um passo atrás?
Seria o certo continuar e ir ainda mais?

sexta-feira, março 20, 2009

Análise de um diálogo-Boate

Numa boate, o seguinte diálogo acontece:
Ele-E ai!(Te quero!)
Ela-Oi...(Quer cheiro de bebida.)
Ele-Vamos dançar?(Posso te apalpar?)
Ela-Hum...por que não?(Meu Deus, ele quer me apalpar...)
Ele-VocÊ até que dança bem!(Como você é gostosa!)
Ela-Você também...(Vamos acabar logo com isso?)
Ele-Vamos conversar ali no canto?(Quero te beijar!)
Ela-Claro!(Qualquer coisa para que você pare de dançar assim.)
Ele-Me deixa te pagar um bebida?(Tá no papo...)
Ela-Claro!(Pelo menos esse trouxa me rendeu uma bebida de graça.)
Ele-Vamos até um lugar mais calmo?(Hum...)
Ela-Vamos, poderia me deixar em casa depois?(Economizo a grana do táxi.)

De manhã:
Ele-Nossa, ontem eu quase transei com uma gata.
Ela-Nossa, ontem um trouxa me pagou bebida e ainda me trouxe pra casa!




Espero as pedradas.

sexta-feira, março 13, 2009

Back to black, or almost it...

É, pessoal. Estou de volta.
Passei um tempo sem postar por motivos de falta de tempo mesmo, e também por falta de material. Mas agora que meus poucos leitores assíduos sabem que eu não fui sequestrado(sem trema, novo acordo ortográfico), estou de volta.
O post de hoje é de uma poesia que eu já li e reli um milhão de vezes. E quanto mais eu leio, mais eu acho imperfeições nela. Mas eu não gosto de mudar minha poesia, pois a arte é feita espontaneamente.
Enfim, espero que convença mais do que me convenceu.




Não me pergunte se estou bem
É claro que estou
E mesmo que não estivesse
Você seria a última a saber.

E então, o que você me diz?
Quer que eu negue tudo o que um dia eu quis
E quando tudo acabar
Espera sorrir feliz?

Quando eu juro que não fiz
Vem, vem, me diz
Tudo que eu te disse
Esperando que você me ouvisse

Percebendo, sem estar vivendo
Foi mais física que química
E tudo se baseou num aposto confuso
E afundou num vocativo mudo.





That's all, folks.
Free hugs, hate it or love it.

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Carnaval!

Bem, como é quase carnaval, vou passar 10 dias sem entrar na internet(O.o), portanto, vou fazer a postagem da semana que vem agora, já que eu pretendo postar pelo menos uma vez por semana.
EM primeiro lugar, queria dizer como eu fiz essa postagem. Eu estava tentando escrever algo sobre nostalgia, uma poesia talvez. Mas me perdi em meus pensamentos e meus dedos me traíram, criando um texto em prosa sobre fugas, encontrar um lugar que você faça parte, um lugar onde você possa, antes de tudo, ser feliz.
Bem, chega de delongas, lá vai:

Olhou para trás e sentia que nunca mais veria aquele lugar. Não teve medo. Sabia que seu lugar nunca havia sido aquele. Seguiu, sem pensar aonde ir, o que fazer, quem encontrar. Apenas foi. E quanto mais ia, mais sabia que havia algo para ele em algum lugar, bem longe dali.
Tinha poucas coisas consigo. Uma velha trouxa, algum dinheiro e uma velha gaita, sua companheira nos momentos em que queria lembrar do lugar de onde viera. Passou pelos portões que o separavam do mundo exterior, tão obscuro e amedrontador, pela última vez. O medo que sentia mal cabia dentro de si, mas sabia que tinha que continuar. Sabia que se parasse, iria voltar. Sabia que se voltasse, nunca sairia de novo.
Estava bem longe agora. Cerca de duas milhas de distância. Se perguntava o que seria longe para uma criança tão nova, cheia de sonhos e ilusões, que sente que deve conhecer o mundo. Mas não hesitava em continuar. E lá se foi ele, andando pelo tortuoso caminho do desconhecido.
A noite caía sem dó dos desavisados, e ele notou que precisava de abrigo. Passou a noite num velho celeiro, de uma velha fazenda. Não conseguiu dormir. Ficou pensando em tudo que deixou para trás. Sua avó, seus amigos... Sentiu uma lágrima lavar-lhe os olhos, e tirou-os do pensamento. Não me querem lá, pensou ele, se quisessem, nunca teriam me deixado sair escondido. O mundo é minha casa, e o que eu encontrar aqui fora eu chamarei de lar, disse, enfim, convencido que havia feito algo certo. Adormeceu.
Acordou com um sentimento renovado de coragem, que logo deu lugar ao medo quando viu que não estava onde havia adormecido. Estava num pequeno quarto, apenas com uma cama e uma pequenina janela fechada. Ouvia vozes do lado de fora. Sem pensar, escapou pela janela.
Correu como nunca havia corrido, até que suas pequenas pernas começassem a dar sinal de cansaço. Parou, banhou-se num lago próximo, e descansou.
Começou a pensar novamente no que deixou para trás. Será que finalmente sentiram sua falta? Sua pequena cidade, tão aconchegante e calorosa. Que saudades imensa que o apertou o peito. Por fim, suspirou, olhando seu reflexo nas águas do lago. Valeu à pena? Largar tudo, procurar meu caminho... Quanto mais próximo de se achar sentia, mais próximo de se perder sabia que estava. Começou a tocar sua gaita, até que finalmente percebeu. Era isso que eu queria, essa experiência. E seguiu seu caminho para lugar nenhum, com um sorriso nos lábios e a esperança renovada.

domingo, fevereiro 15, 2009

Hora da poesia!

Bem, amiguinhos, chegou a hora mais feliz do final de domingo: A hora da poesia!
Feita durante uma aula chata de algo que eu não lembro de que era, está pronta!


Tudo sobre minha loucura

Meu imaginário
Parte do pressuposto devaneio
Do meu psicológico patológico
Incansável, encontrável
Quem me dera, inacabado

E quando a razão se vai
A barreira entre real e imaginário some
E a mistura desse devaneio
É pouco para minha loucura.

Tudo sobre minha loucura
A minha rede de mentiras
Minhas teias de devaneio
Nada que se possa entender
Faz parte de tudo sobre minha loucura.

E quando estiver perto de entender,
Vai ver que foi apenas puxado
Para esse turbilhão de insanidade.
Caleidoscópio de fantasias doentias.



Essa foi a poesia com que gastei mais tempo, mas gostei muito do resultado.
Espero que curtam.

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Uma breve história mítica.

Era uma vez um cara chamado Chrono. Ele era casado com uma mulher chamada Gaia. Chrono era o tempo, e Gaia a terra. Tiveram 5 filhos juntos: Zeus, Hades, Poseidon, e outros 2 que não lembro o nome. Dizia uma história que o filho mais novo de Chrono iria matá-lo e virar o fodão do Olimpo. Ele tratou de impedir isso, comendo seus filhos logo que nasciam. Gaia, cansada de ver seus filhos sendo comidos e não sobrar nada pra ela, escondeu Zeus e deu uma pedra para Chrono, que pensou que havia comido o bebê. Zeus foi criado pelos Ciclopes, mestres na arte da metalurgia, e aprendeu a fazer uma lança em forma de raio. Munido dessa lança, Zeus subiu até o Olimpo, encontrou os pais no rala-e-rola e cortou os testículos do pai, libertou seus irmãozinhos. Os testículos do pai cairam na água, e deles saiu Afrodite, a mais linda das Deusas.

Era uma vez um cara chamado Hefesto. Ele era o filho mais novo de Zeus, feio, manco, corcunda e caolho. Ele não podia nem viver no Olimpo. Um dia, Zeus deu de presente para ele Afrodite, a Deusa da beleza, do amor e das coisas legais(Uhul!). Afrodite, muito bonita, não queria ralar e rolar com Hefesto, que era feio, ... , e saiu atrás de amantes. Encontrou Hermes, que não sabia se era homem ou mulher, e teve um filho, Hermafrodita. Encontrou Ares, o Deus da Guerra, com quem teve 3 filhos: Eros, Dor e Desespero. Eros, que simbolizava o amor carnal, ficou com Afrodite, e os outros dois com Ares, pois onde a guerra vai, vai Dor e vai Desespero.

Era uma vez um cara chamado Narcísio. Ele era tão bonito, mas tão bonito, que apaixonou-se por si mesmo. Um dia, Afrodite( a vadia dos contos anteriores) queria dar uns pegas nele, e ele, achando-a feia, não quis. Ela, se sentindo rejeitada, impediu ele de se olhar no reflexo do rio por 2 dias, acabando com sua diversão, que era se contemplar. Passados os 2 dias, Narcísio foi ao lago se ver, e se achou tão lindo que quis se abraçar, morrendo afogado.




Após essa belas e inspiradoras palavras que aprendi mais ou menos assim na aula de filósofia, pergunto-me: PRA QUE?
Pois assim consigo mostrar que: Deuses curtem sacanagem, Hefesto é azarado e corno, Afrodite vadia e Narcísio burro.

domingo, janeiro 25, 2009

Video-Game: Resumo de um vício

Video-Game: Resumo de um vício

- E aí!
- E aí.
- Pô, legal esse teu mini-game, hein?!
- De carrinho. To com 2000 pontos.
- Bateu!
- Culpa sua! Me atrapalhou e eu escorreguei na graxa.
- Sem problema, muda o pino do cartucho.
- Não dá!
- Por quê?!
- Game over, caí no buraco do jacaré. Maldito Jacaré!
- Agora sim, está com pontos suficientes!
- Também nem interessa. Eu quero é resgatar logo essa princesa.
- Filho, visita pra você!
- Diz que eu morri!
- Credo, sem educação!
- Calma. Ainda tenho dois continues.
- Vá atender!
- Ninguém sai! Logo gora que eu peguei o escudo da Mônica?
- Fala galera.
- E aí.
- E aí.
- Vai, vai, vai, vaaai! Urra! Tu não catou as argolas...
- Cara, isso é rápido!
- De boa. Eu peguei a peninha. Agora ficou fácil.
- Eu também quero!
- Calma, são dois.
- Amigos, somos três.
- Macacos. Eu vou primeiro.
- Tenho que ir. São várias matérias.
- Ninguém sai!
- Isso, combina as matérias! Não bate no escorpião agora, espera abaixar a cauda.
- Burro!
- Burro!
- Cheguei tarde?
- E aí.
- E aí.
- E aí.
- Ainda bem que você salvou.
- Ihh, cd arranhado.
- Pronto, salvei! Era só tocar aquela flauta.
- Ocarina.
- Bacana, chama a Karina também. Quanto mais gente, melhor.
- Mata, mata, mataa!!
- Burro!
- Burro!
- Burro!
- Fui atropelar a velhinha, encheu de gang na minha cola!
- Passa pra mim!
- GOOOOOOOOOOOOOOOOOL!
- Droga! Sorte de principiante!
- Tua irmã tá na porta.
- Ninguém entra!
- Ninguém sai!
- Seguraa!
- Aí, to falando! Saiu!
- Maldita banana! Voltei pra pista mas não deu tempo.
- Agora é sério, vou embora. Deu dor no ombro.
- Te avisei, mexe o controle demais! É só fazer assim!
- Burro!
- Burro!
- Burro!
- (Burro!)
- Sai da porta, Joana! Ninguém te perguntou!
- Dá aqui. Mexe o braço assim que acerta os pinos.
- Do cartucho?!
- Do boliche. O que é cartucho?
- Bom, estou gordo mesmo. É até um exercício.
- Sobe na balança.
- Viraaaa!!!
- Mete a espada no dinossaurão. Isso, isso!
- Burro, deixou sair!
- Ninguém sai!
- Ninguém sai!
- Ninguém sai!

P.S.: Games citados: Mini-game qualquer de carro, Gran Prix (Atari 2600), Pitfall (Atari 2600), Super Mario Brós (NES), Mônica no Castelo do Dragão (Master System), Sonic The Hedgehog (Mega Drive), Super Mario World (SNES), Donkey Kong Country (SNES), Final Fantasy VII (Playstation), The Legend of Zelda – Ocarina of Time (Nintendo 64), Grand Theft Auto (Playstation 2), Winning Eleven (Playstation II), Mario Kart (Game Cube), Wii Sports (Wii), Wii Fit (Wii), Monster Hunter.

domingo, janeiro 18, 2009

Eu não estou ficando mais novo.

O tempo passa, meio que entre nossos dedos, pois quem vai dizer que nunca tentou segurar o tempo, eternizar o momento? É impossível não pensar no que passou, e no que passará. O tempo sempre irá afetar-nos, independente de nós querermos ou não.
quanto mais o tempo passa, mais sinto falta do tempo que passou. Oportunidades perdidas, conquistas, tristezas e alegrias. Mas simplesmente não posso deixar esse sentimento me dominar. Me entregar? Desistir sem lutar? Isso não existe. Não conheço isso. Prefiro morrer em combate do que viver em debate. Nada cairá no seu colo, e mesmo que algo caia, vem fácil vai fácil. O passado, mesmo estando sempre ai pra nos atormentar, é inofensivo. É como uma doença que não temos. Tememos sem nescessidade. Uma vergonha a mais? Uma vergonha a menos?
No final nada conta, o que conta é quem viveu mais, quem teve mais experiências, mais relações interpessoais. E o tempo continua passando, pois o tempo passa e ninguém vai esperar por você. Decida rápido, pense mais rápido ainda. Decida certo, aja correto.

segunda-feira, janeiro 12, 2009

Mais uma poesia!

Eu sei, já deve estar ficando chato tanta poesia, mas é a única coisa que me faz ter gana de continuar escrevendo. Mas eu prometo que minha próxima postagem não vai ser poesia. Lá vai:


Te digo o que penso,
E não espero nada em troca.
Apenas o alívio,
O peso tirado de minhas costas.

E mesmo sem esperar nada de ti,
Sempre tens algo para mim.
Seu embaraçamento me encanta.
E você morde os lábios olhando para os meus.
Sinais que não são notados,
Sinais que não esperados,
Sinais que são sentidos.

Você me olhou confusa e corou.
Teria visto, se não tivesse fugido
Mentalmente corrompido,
Te olhava sem te enxergar.

Ficamos frente a frente, e eu não estava ali.
O beijo aconteceu,
Mais teu que meu,
Parecendo duas crianças.

Então você me disse
Contigo não posso ficar.
E então vi que algo sempre vem me atormentar.


O beijo não passou de sonho
Ilusão, falta de noção.






Todas as postadas aqui são de minha autoria. O próximo vai ser um texto meio filosófico.
Abraços.

domingo, janeiro 04, 2009

Quebrando o clima.

Bem, quebrando um pouco o clima melancólico que se instalou aqui, vou fazer uma postagem engraçada. Para que fique claro que não é de autoria minha, a fonte é http://www.humornaciencia.com.br/miscelanea/infoin.htm e o nome da matéria é INFORMAÇÕES INÚTEIS.
- Se você gritar durante oito anos, sete meses e seis dias, produzirá energia sonora suficiente para esquentar uma xícara de café. (Acho que não vale a pena!)

- Se você soltar pum direto durante seis anos e nove meses, produzirá
gás suficiente para criar a energia de uma bomba atômica. (Agora sim!)

- A pressão produzida pelo coração humano ao bater é suficiente para espirrar sangue a uma distância de 9 metros.

- O orgasmo de um porco dura 30 minutos. (Na próxima encarnação, quero
ser um porco!)

- Bater com a cabeça contra a parede consome 150 calorias por hora. (Hora de emagrecer!!!)

- Os humanos e os golfinhos são as únicas espécies que copulam por prazer. (É por isso que o Flipper
está sempre sorrindo? E por que o porco não está incluído nessa lista???)

- De um modo geral, as pessoas têm mais medo de aranhas do que da morte.

- O músculo mais forte do corpo é a língua. (Hummmmmmmmmm...)

- O crocodilo não consegue mostrar a língua.

- A formiga consegue levantar 50 vezes o seu peso, puxar 30 vezes o seu peso e sempre cai para o lado direito quando intoxicada. (Por beber o quê??? O governo pagou por essa pesquisa???)

- Os ursos polares são canhotos. (Quem descobriu isso? Quem liga?!)

- A pulga consegue pular a uma distância correspondente a 350 vezes o comprimento do seu corpo. É como se um ser humano pulasse a distância de um campo de futebol.

- A barata consegue sobreviver por nove dias sem a cabeça antes de morrer de fome. (Blééérrrghhh!!!)

- O louva-a-deus macho não consegue copular com a cabeça presa ao corpo. A fêmea inicia o ritual de acasalamento arrancando fora a cabeça do macho.

- Alguns leões copulam mais de 50 vezes por dia. (Na próxima encarnação, eu continuo querendo ser um porco... Mas, se não puder, quero ser um leão.)

- O paladar das borboletas está nos pés.

- Os elefantes são os únicos animais que não conseguem pular.

- O olho de uma avestruz é maior do que o seu cérebro. (Conheço algumas pessoas assim...)

- Estrelas-do-mar não têm cérebro. (Conheço algumas pessoas assim também!)

- E não se esqueça: se alguém encher o teu saco, você precisa usar 42 músculos da face para franzir a testa. MAS, só precisa de 4 músculos para esticar o braço e dar um soco na cara desse pentelho!



(colaborador: Luiz Ferraz Netto)



(ctrl+c ctrl+v descarado, mas tô sem saco de criar nada novo agora. Talvez, quem sabe um dia...)

quinta-feira, janeiro 01, 2009

Passagens.

Existem alguns momentos em que a gente se depara com tragédias, e alguns com tragédias que foram evitadas.
Segunda-feira, dia 29/12, recebi em minha casa a visita dos meus tios e primos de São Paulo. Fomos caminhar pela praia, as pessoas supracitadas, eu, minha mãe, meu pai, minha irmã e meu cachorro Fluck. É sobre ele essa postagem.
Enquanto caminhávamos, paramos em uma sorveteria(Bali). E eu e um de meus primos continuamos andando, rumo ao treino de futebol americano que acontecia a 50m dali. Então aconteceu.
A coleira que estava presa no pescoço do cachorro, por algum motivo, abriu. Ele correu em direção ao outro lado da rua, mas não viu que vinha um carro. Óbvio, ele é um cachorro. O carro bateu em cheio na pata dianteira direita dele, então ele saiu em disparada em direção à Ponta Verde. Um engraxate prestativo saiu atrás dele, com a condição que eu tomasse conta do seu material. Passou-se meia-hora e o desespero ficava cada vez mais forte. Cadê meu cachorro? Eu quero meu cachorro! Passa uma hora, minha mãe decide vir para casa pois não estávamos em condições emocionais de prosseguir na vigília. Minha tia ficou tomando conta do material do engraxate, e meu pai e meu irmão atrás do cachorro. Chegando em casa, ouço ao fundo um latido, e quando pensei que já estava perdendo a noção, vejo meu pai chegando com meu cachorrinho nos braços. Está à salvo, pensei aliviado. Ele havia voltado sozinho para casa, e quando meu pai chegou, ele estava esperando, sentado, em frente ao meu prédio. Mas a agonia voltava agora. Suas patas estavam sangrando, e como saber se não havia alguma fratura, machucados internos...? Prontamente chamamos uma veterinária que atendia em casa, e a espera de singela meia-hora pareceu meio ano.
Mas felizmente tudo estava bem, e meu cachorrinho estava novamente junto à sua família.