sábado, maio 30, 2009

Me faz pequeno


Posso estar crescido
Mas me sinto como um menino
Uma criança cujos olhos brilham
Brilham de felicidade quando sorri
Brilham de esperança quando diz
Que acredita nas coisas boa.
E por mais crescido que seja
Não deixo de me sentir um menino diante do mundo,
Diante de tanta coisa que não entendo,
Diante de tudo que me deixa mudo.
E por mais que eu tente entender
O que me deixa assim com você
Acho que é meu lado criança querendo aparecer
Meu lado esperançoso, assim como você.

terça-feira, maio 19, 2009

Expresso Paraíso.


-Oi.
-Oi.
-O que você faz aqui?
-Ah... sei lá, eu vi passando e resolvi subir...
-Desça do trem, ele não vai aonde você deve ir hoje.
-Mas a sensação é boa, aqui não existe dor nem sofrimento, culpa nem rejeição.
-Aqui não é seu lugar. O destino desse trem não é aonde você deve ir agora.
-Mas... se eu descer, eu...
-Do que você tem medo?
-Se eu descer... eu nunca mais vou te ver?
-Provavelmente não...
-Então, por que você quer que eu desça?
-Porque é a coisa certa a fazer. O caminho desse trem não deve ser tomado por você. Não agora. Não dessa forma.
-Mas eu não quero ir embora... eu não quero que você vá embora, quero ficar com você.
-Não dá pra você ficar comigo. Saia enquanto é tempo.
-Mas a sensação de estar aqui é boa... é quente e confortável...
-É, isso é chamado Paraíso.
-Então é pra lá que estamos indo?
-Não.
-Mas...
-Eu estou indo pra lá, você fica no caminho.
-Mas... e se eu quiser ir?
-Não cabe a você decidir. Abandone seu medo, me deixe ir.
-Mas eu não quero... eu te amo...
-Eu também te amo, mas eu tenho que ir, e não posso te levar.
-Então me dá tua mão... me promete que vai lembrar de mim, que um dia vai ficar comigo de novo...
-Não posso.

sábado, maio 09, 2009

O rotina do cotidiano imprevisível.

Independente da hora que acordo, é sempre a mesma hora. 5h. Cravado. Mas já passou das 9h e ainda estou aqui. Independente de como tenha dormido a noite, estou com sono, e reclamo que dormi mal. Independente de como minha vida esteja, sempre acho uma droga, e faço-me de vítima mesmo sem querer.Independente do meu dia, sempre foi igual ao passado. Tão igual como água e vinho...
Sempre espero um dia feliz, e quando ele vem, penso que foi uma droga para continuar esperando. Idealizo coisas que não precisam ser idealizações só para ter algo em que pensar. Mantenho-me nesse tipo de vida por medo de mudar. Não caio, pois não sei se tenho quem possa me segurar.
Nunca quis me jogar, mesmo sabendo voar. Nunca quis realizar, pois gosto de imaginar. Nunca quis te ter, pois nunca quis te deixar.Nunca quis gostar, apenas por medo de me decepcionar.

quinta-feira, maio 07, 2009

Lembrou-se...

Abriu os olhos e sentiu o Sol ofuscando-os. Fechou. Abriu de novo, desta vez um pouco menos dolorosamente. Sentiu o cheiro de solidão, e olhou em volta. Estava sozinho. Estava esquecido. Estava num deserto!
Caminhava com dificuldade pela areia escaldante, e sentia a irá das pessoas que acreditavam nele queimando sua pele. Ou talvez fosse o calor, já não mais distinguia o que estava sentindo. Apenas dor e solidão. Sentia-se fraco e impotente, e parecia que nunca terminaria a dor que estava sentindo. O deserto parecia cada vez mais quente, e, por mais que se esforçasse, cada vez mais difícil que conseguisse escapar com vida.
Respirou fundo, e pensou que havia chegado a hora de deixar seus sentimentos de lado. Viraria um robô, mecânico e sem emoção? Sim, viraria um robô, sem sofrimento nem expressão.
Então ouviu o doce canto da garota que sempre amou, e lembrou-se que sofrimento não era o único caminho, e que fazer-se de vítima não era a saída dos fortes.
Abriu o olhos novamente e viu-se num lugar bom, e soube que sempre havia outro caminho que fosse mais agradável.

sexta-feira, maio 01, 2009

Um pouco dos meus dilemas...

É, finalmente com uma poesia que realmente tenha uma história nas entrelinhas...
Provavelmente necessitará explicação pra ser realmente compreendida, mas... who cares?


Podemos chegar mais perto?
(Podemos compartilhar medos e desesperos?
Podemos ser a coisa mais valiosa na vida um do outro?
Podemos ser A vida um do outro?)

Posso segurar tua mão?
(Posso tremer, culpar a aflição?
Posso esperar, até ansear, pela sua compreensão?
Posso negar sua compaixão?)

O que virá depois?
(O que me dirá quando me descobrir?
O que me dirá, quando não me ver sorrir?
O que me dirá quando começar a sentir?)

Devo me despedir com um beijo?
(Devo te contar meu desejo?
Devo te dizer meus planos pro futuro?
Devo te deixar fazer parte dele?
Devo te pedir para fazer parte dele?)


Postem suas impressões. ;D